quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

amanhece mais uma outra vez . . .
há muito tempo
talvez quando amanhecia
quando ainda tinha a desvantagem
de saber pouco ou quase nada
do que hoje estou sendo
Acreditei um pouco contra a vontade
eu admito
que o mundo das coisas seria
com o passar do que não sei que seja
tempo, vento, giro
cada vez mais sem magia
Mas hoje amanheceu mais um dia
grande força milagrosa
que gira, gira o tempo
me enche de vento por dentro
Sou uma máquina a vapores
que misteriosamente percebe
a despeito de qualquer ciência,
mesmo estando mais tempo indo por aí
o grande mistério de ser, brilhando . . .
do dia amanhecido
mistério esquecido
que lento, imperceptível
como uma criança que deixamos de olhar
e quando voltamos já não está lá
vem chegando, surgindo
preenchendo de matéria luminosa
que dá vida as coisas
Chego a vê-las bocejando
Mistério do começo de algo
de alguma coisa sem um sentido certo
claro, porém, o dia
de rumos incertos
somente há incertezas
amiga do tempo
se encontram até hoje e ainda amanhã
e nesses encontros
irradiam feixes de magia
Cheiro de cedo ainda
Ah . . . quem me dera senti-lo com tanta força
quando pareço amanhecer
. . .
tive que abrir a cortina
ouvi o dia amanhecendo
e seu som me encheu
do que eu não sei
mas encheu
Como para um moinho
é um mistério para que giro

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