segunda-feira, 29 de março de 2010

sua história pessoal
não se pode confundir
com a história do lugar

história do local
é uma corrente de pessoas
com enredos vários
ricos de momentos diversos
com versos próprios
e impróprios
ditos, pensados, disseminados

a história pessoal
é propriamente
matéria de cuidado atento
incomparável
planta, se não única, rara
e até hoje sabido
com uma só via
sem desenrolo ou conversa

domingo, 28 de março de 2010

você que vive se encontrando
se conhecendo tão bem que se basta
se achando por aí e ali
não esqueça
que no popular se diz
que quem se acha muito
é metido em problema grande
se perde crente que seja isso ou aquilo
substitui a dúvida pela arrogância
e o auto-conhecimento se automatiza
esquecendo de lembrar
que é impossível fotografar seu próprio espectro
num instante
e não vale a pena tentar
pois isso não é matéria de pensar
melhor é respirar fundo
e olhar pra fora
porque mesmo só somos
in e out-a/mente dependentes
ligados, frágeis, fragmentos
inventos provisórios no dia-a-dia real e ilusório
estátuas de gelo ou brasas ardentes
no fim se veem não bem o que pensam somente

narcisudo

estranha espécie
de visão de si mesmo
olho e espelho
visão de si no outro
estudo da fisionomia alheia
da paquera aos transeuntes
andança acompanhada
vista e revista
passo a passo
carência de saber
como se está
como se aparenta
se vendo com os olhos do outro
ânsia por segurança
mínimo de certeza
entre o que vou sendo
o que vou imaginando
e aquilo sido

dialética matemática

ângulo reto
o olho do reto
te olha de lado
vendo fundo
na verdadeira
final e derradeira
dialética
a merda
se formando
simplesmente
por viver
misteriente
ser vivo
elétrico
circulação
combustível
vida-movimento
espontâneo
agregado
matéria
conjunto
corpos
software
seres

sexta-feira, 5 de março de 2010

MADURA!

qual é o contrário da vida madura? é a fruta verde rsrsrs - espero que cê veja hein rsrsrs . . . abraço intercontinental . . . olha os terremotos!!! rsrs - contra-band-iando informação etnográfica!
interessante o fato, feito e visto, do reflexo aliviar a alma, absorver o mal estar, retomar a calma, fazer o bem pensar - diretoria - retornar o riso, sempre momentâneo, meio teatral - ainda melhor por isso, ser tarefa, riso verdadeiro, não simplesmente espontâneo, mas trabalhado . . . viva ao trabalho!!! já me disseram como passe, toque, conselho, dica, bisi - salve samuca! - que o que sou é luta, é exercício, é treino . . . Iê é capoeira, roda é roda, Iê viva meu mestre - Bába -, sempre (pre)parado, Iê quem me ensinou, a jogar solto, Iê a vadiar, mas amarrado e atento, Iê viva Pastinha, que caiu no Angolinha, Iê vamo se embora!!!
na sabedoria atropelada, do coração palpitado, da ida trapalhões, fui, fomos, fumo pitado, palavras ouvidas, passos dados, refletidos, em linguagem complicada, problematizados, que nada mais é que uma briga de bonecos ( brincadeira de infância recorrente na história - corrente - desguando sempre num amanhã nunca chegado) um ponto, um conflito de pontos - que são pontos de vista - um desenvolvimento não querido, uma reviravolta fantástica, redentora, uma revolução, um rearranjo . . . sabedoria que é tarefa e momento, instante por fazer, procurado sem buscar ver, trilhado sem querer saber, vivida atropelada, com o coração palpitado . . .