domingo, 26 de julho de 2009

convencer
é vencer com
pedro sem zezinho só
harmonizar
amizade
condução
sinal
sintonia

cultura convence
seres anônimos
desfigurados
desamparados
convencidos por aqueles que querem
fazê-los acreditar
que estão sós

sociedade só existe convencendo
quem diz que é competindo
que fale sozinho
pessoa convencida
esqueceu o com
só quer vencer só

a vida só existe convencendo

sexta-feira, 17 de julho de 2009

as folhas das árvores tem validade
ontem, mais frio, vento, folhas na árvore
hoje, menos frio, vento, folhas voando
ontem nublado
hoje sol
concluindo: as folhas quentes caem mais fácil
será dilatação? será fotossíntese, desgaste, chão?
viva à ciência dos homens!
aos homens da ciência
a validade de suas vidas
calor, frio, vento, alimento, chuva, sol, terra, chão . . .
qual a diferença
entre o sonho acordado
e o sonho dormindo?
num estamos distraídos
e noutro concentrados
mistério do sono
estado, vivido
desligado
nossos pensamentos dizem muito do que pensamos
nossos sonhos dizem muito do que sonhamos
mistério do sonho
mistura
de pensamentos e imaginações
ações imaginárias
possibilidades, confusões
forno silencioso
pensamentos, derratam-se!
fusão
previsão? não, revisão
sonho
pensamentos
possibilidades
imaginação
expressonâncias . . .
irreais
costumeiras
virtuais
varia sons . . .
palavras
falseadas
dor, lavras!
emiticências . . .
tentativas
pausas
discursivas
desesfera . . .
contida
mentiras
sem vida
esperansonho . . .
desejo
confusão
não vejo
alucinagem . . .
não ajo
sozinho
viajo

sábado, 11 de julho de 2009

que amor estranho
esse que é medido
naquilo que você pode violentar
seja a si ou outros próximos
que estranho sucedâneo do amor
a imaginação do que você seria capaz de abrir mão
para satisfazê-lo
de arriscar-se
para protegê-lo
não basta o zelo?
esse amor de pátria
com hino, bandeira
policiamento ostensivo
investigações judiciais
guerras de contenção
interesses político-econômicos
da economia humana fundamental
administração de suas posses
produção de suas satisfações
arre amor econômico!
são marionetes aqueles que pensam que são senhores de si. não percebem os fios que lhes prendem. desde as inevitáveis ligações químicas e elétricas espontâneas naturais, até as injustificáveis invenções racionais paradoxalmente imprevisíveis.
imprevisibilidade capitalista
eu perdi alguma coisa?
mundano, profano, bichano, gatuno, punga
mal contada, mal dita
sujeitos a todo vapor
sujeitados, pasteurizados
nos ímpetos de realização
não se perguntam quem ganhou ou quem perdeu
quem trouxe e quem vai levar
"faça parte de nossa equipe de sucesso"
gangs, hordas, patotas, times
o sucesso de uns não pode ser de outros
"trabalha e confia", diz a bandeira
desconfie, devia orientar, já que nos sequestrou
nos mantém dentro da rede de fios condutores
gang das gangs, horda das hordas
g8, g20, g3, armas, mecanismos
euforias pessoais, bicho humano
feliz por necessidade, por condição natural
chora, sofre, morre
para euforias de hordas, times, gangs
"equipes de sucesso", bope
já se perguntaram quem fez a matéria prima, derivada das ligações químicas e elétricas espontâneas naturais, que vira plástico do pó do café que você vai pagar "2,50", junto com um bolo composto de reações químicas e elétricas entre substâncias derivadas de diversas e variadas relações?
eu perdi alguma coisa?
não só perdi, como fui roubado . . .

terça-feira, 7 de julho de 2009

suas particularidades
minhas paixões

suas vicissitudes
meus vícios

seu prazer
meu lazer

sua vida
minha vez
são coisas da minha cabeça
passam pela sua?
penso coisas na minha cabeça
que passariam pela sua
pode ser que passem porém
pode ser que sim
mas nada que seja porém
tão significativo assim
incidências conjuntas
mera coincidência
nada que despenda
tantas pendências
consciência . . .
máquina ligada
visor acionado
e possibilidades, movam-se!
especulações, imaginações
confusões, quando fundo-me com elas
sem perceber que são
especulações, imaginações
confusões, quando fundem-se
adquirindo densidade
sensível à mão
bem no coração
você, aqui
o que sinto por ti
sei, bem
imaginei, sim
confundi?
não se trata de objeto de ciência
abismo surdo e mudo do outro
humanos, idênticos
consciências . . .
máquinas ligadas
visores acionados
e possibilidades
movam-se e cruzem-se
em algum jardim
como duas flores que se conhecem
sem saber, sobre a brisa
e destes encontros mel
gostos, cheiros, cores e formas
reais

medo, cedo, espera

aquele medo da dor
dor física ou de amor
o mesmo medo do não
e até mesmo do sim
a dor já sentida
do mal imaginado
mal sentido
já desesperado
amor pressentido
dor ressentida
do amor não vivido
dor, ferida
não curada
curável, todavia
por todas as vias
que não a que eu sigo
consigo o impossível
e comigo
nada
perfeição
quisera eu!
consigo tudo
comigo
só você . . .
do jeito que for
que se for . . .
do jeito que tiver de ser
topo!
topo do mundo quando penso em você
amor, dor
rima perfeita
sem tirar nem pôr
mas como eu queria que fosse
imperfeita então
no entanto
a perfeição
você
me assola
com imaginação
do oposto da dor
o prazer.
e a realização
do mesmo que sempre
só . . .
solidão