sábado, 24 de abril de 2010
quinta-feira, 22 de abril de 2010
FUZUÊ
ao fetiche de ser confuso:
só é confuso
quem não é também
não basta não saber
não ter certeza
tem ao contrário
de ser convicto de seu estado
e não se sentir culpado
(um pouco somente)
ter dúvida da dúvida
pois as coisas são tão claras
estar incerto da incerteza
porque uma ou outra
certa ou errada
não dizem: Vá! ou Não!
e sim, enfim
quem diz
é a vontade sem reflexão!
só é confuso
quem não é também
não basta não saber
não ter certeza
tem ao contrário
de ser convicto de seu estado
e não se sentir culpado
(um pouco somente)
ter dúvida da dúvida
pois as coisas são tão claras
estar incerto da incerteza
porque uma ou outra
certa ou errada
não dizem: Vá! ou Não!
e sim, enfim
quem diz
é a vontade sem reflexão!
indeciso II
a decisão . . .
o medo do que vem
a dúvida . . .
paralisante com ou sem
o que se deseja?
mistura do que já foi
se está sendo
e abertura . . .
. . . o amor rouba a cena
. . . o trabalho, que pena
. . . o desenvolvimento empena
leve dor na alma
pela falta de calma
na busca de algum estratagema
. . . romantismo como lema
. . . preguiça é um problema
. . . pouca fala no poema
uma boa dose de surdez
outra boa de cegueira
e um excessivo tato in(trospecti)voluntário
e assim confortável
finjo não ligar
e não (te) ligo . . .
me entorpeço
me nego
quando só comigo
não me conheço
não me enxergo
quando só nos outros
dentro e fora
semeio e rego
ao meu redor
e só
indecisão
o medo do que vem
a dúvida . . .
paralisante com ou sem
o que se deseja?
mistura do que já foi
se está sendo
e abertura . . .
. . . o amor rouba a cena
. . . o trabalho, que pena
. . . o desenvolvimento empena
leve dor na alma
pela falta de calma
na busca de algum estratagema
. . . romantismo como lema
. . . preguiça é um problema
. . . pouca fala no poema
uma boa dose de surdez
outra boa de cegueira
e um excessivo tato in(trospecti)voluntário
e assim confortável
finjo não ligar
e não (te) ligo . . .
me entorpeço
me nego
quando só comigo
não me conheço
não me enxergo
quando só nos outros
dentro e fora
semeio e rego
ao meu redor
e só
indecisão
quarta-feira, 21 de abril de 2010
meu estado é anímico
horas de mímico
comigo cínico
olhar químico
pulsando rítmico
onde se expressa o pulsar que sou eu, ou em alguns deles, muito tempo se manteve ritmado, e ainda se mantém, existência anímica, animada quimicamente, numa mímica cínica do ser tal ao qual passo sendo . . .
. . . mas figura horas sendo uma química experimental, olhar clínico, cínico, eu comigo, num ritmo que pulsa de acordo com o estado da mímica química, animal . . .
horas de mímico
comigo cínico
olhar químico
pulsando rítmico
onde se expressa o pulsar que sou eu, ou em alguns deles, muito tempo se manteve ritmado, e ainda se mantém, existência anímica, animada quimicamente, numa mímica cínica do ser tal ao qual passo sendo . . .
. . . mas figura horas sendo uma química experimental, olhar clínico, cínico, eu comigo, num ritmo que pulsa de acordo com o estado da mímica química, animal . . .
segunda-feira, 12 de abril de 2010
indecisão
às vezes na indecisão
se vai
ou não
às vezes indeciso
não quero
ou preciso
indeciso, indefeso
indefensável é a indecisão
indo ou não
responsável
indecisa, imaginada
indispensável é a situação
sendo ou não
realizável
indecisos, indecisão
se vai
ou não
às vezes indeciso
não quero
ou preciso
indeciso, indefeso
indefensável é a indecisão
indo ou não
responsável
indecisa, imaginada
indispensável é a situação
sendo ou não
realizável
indecisos, indecisão
domingo, 11 de abril de 2010
mistério há
no olhar de criança distraída
olhar perdido
vendo pra dentro
coisas ligadas por finos fios
das coisas de lá
às coisas de cá
muito mistério há
nas coisas deixadas
que seguem caminhos
só depois conhecidos
ainda assim de maneira incompleta
que se podem até imaginar
mas são verdadeiramente sentidos no -ar
no olhar de criança distraída
olhar perdido
vendo pra dentro
coisas ligadas por finos fios
das coisas de lá
às coisas de cá
muito mistério há
nas coisas deixadas
que seguem caminhos
só depois conhecidos
ainda assim de maneira incompleta
que se podem até imaginar
mas são verdadeiramente sentidos no -ar
se espantar com as fisionomias!
olhando distraído
pra chuva de manhã
podia pensar
que cada um
tem um guarda chuva que lhe cabe
mas como as coisas não são bem assim
se acredita pouco ou esquece
a coisa vai do olhar neste caso
ela vai por ela própria
se tem relação é problema nosso
pode-se pelo menos dizer
que em certas circuntâncias
cada um tem o guarda chuva que escolheu
mas isso também não é de todo verdade
ah . . . mas cada um usa o seu guarda chuva
da maneira que lhe convêm
mas qual é a importância real disso?
se espantar com as fisionomias
como diz certo Pessoa
toda uma ciência fisiológica
fisionômica
pra chuva de manhã
podia pensar
que cada um
tem um guarda chuva que lhe cabe
mas como as coisas não são bem assim
se acredita pouco ou esquece
a coisa vai do olhar neste caso
ela vai por ela própria
se tem relação é problema nosso
pode-se pelo menos dizer
que em certas circuntâncias
cada um tem o guarda chuva que escolheu
mas isso também não é de todo verdade
ah . . . mas cada um usa o seu guarda chuva
da maneira que lhe convêm
mas qual é a importância real disso?
se espantar com as fisionomias
como diz certo Pessoa
toda uma ciência fisiológica
fisionômica
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