quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

eu vi
na mata eu vi
meu passarinho
cantando assim (2x)

você ouviu?
quer escutar?
meu passarinho
bater asas e voar (2x)

para levar
para longe o que
aquilo tudo
que eu queria dizer!

eu quero-quero ficar com você
não sabiá como ia fazer
eu bem-te-vi quando sonhava . . .
e pica-pau quando te levava pra casa! (2x)

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

há de ter algo que satisfaça a alma
ou pelo menos a mantenha calma . . .

sábado, 15 de janeiro de 2011

afundado em superficção

devo sim tratar as coisas na superfície!

mas que perda não seria deixar de perder-me?
nos vales e leitos das coisas
o subterrâneo entendimento
rasteiro, sublime

lá no alto
nos topos e encostas
a luz e o vento revelam linhas e contornos
diferenciando e definindo toda experiência

deixando certos entendimentos

basta! tenho sim
fora essa emoção científica toda
de permanecer a um pé da coisa
cautela devida
sem mais meio ou fim
somente a devida atenção

devo imaginar
o tal e qual sobre
de maneira que
esta ou aquela certeza
esteja girando
em ciranda
sobre mim

e numa posição de criação
ver-me voltado para dentro
imaginando o eu sentido
uma imagem, densa e animada
vida orgânica
realizadora de projeções

projeto ao meu redor
filamentos do desejo e do sonho
e de repente me percebo
apenas parte desejada de mim mesmo
projeto de mim, do eu
de deus

ah . . . permanecer na superfície
o ar de tão leve
rarefeito . . .
nuvem
chão
pântano, água, terra
devida profundidade

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

gregário . . .
permissivo com a solidão

aos amigos

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

a ignorância
não é desconhecer
é, talvez, desconhecer pouco
de si conhecer pouco
ou demais

pode-se bem saber
e mal dizer
e ainda bem dizer
o mal pensado

segue-se ignorando-se
pouco sangue derramado
suando frio, gelado
carinho
arte de ser pequeno
cara a cara
cara limpa
gesto, palavra

pequena
arte de ter carinho . . .